Seis autores gaúchos “trilegais” para se inspirar

19/09/2023 15:53
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O Rio Grande do Sul é um Estado com muitas personalidades importantes. Confira seis autores gaúchos que fizeram (e fazem) história na literatura brasileira!

O Rio Grande do Sul é um Estado com muitas personalidades importantes. Confira seis autores gaúchos que fizeram (e fazem) história na literatura brasileira!

O Rio Grande do Sul é um estado brasileiro cheio de personalidades destacadas tanto no Brasil quanto no exterior. Vários autores gaúchos se tornaram referência na literatura. Alguns foram reconhecidos e premiados por entidades importantes.

No dia 20 de setembro, é celebrado o Dia do Gaúcho. Aproveitando a data, o blog da Epublik separou uma lista com autores gaúchos que são atemporais e fazem sucesso. 

É como diz um trecho do hino do Rio Grande do Sul: “Sirvam nossas façanhas de modelo à toda terra”. Que as “façanhas” dos autores gaúchos sirvam de inspiração para você.


Érico Veríssimo em 1956Érico Veríssimo em 1956

 

Érico Veríssimo

Gaúcho de Cruz Alta, Érico Veríssimo nasceu em 1905 e faleceu em 1975. O autor trabalhou na juventude como balconista, bancário e farmacêutico. Aos 25 anos, mudou-se para a capital do estado, Porto Alegre. Lá foi redator, diagramador e ilustrador da revista Globo. Sua estreia como escritor foi com o conto “Ladrões de gado”.

Érico foi vencedor de vários prêmios por sua obra literária. Entre eles estão o prêmio Jabuti (1966), o Juca Pato (1967), o do PEN Clube (1972) e o da Fundação Moinho Santista (1973). 

O autor faleceu antes de terminar o segundo volume de suas próprias memórias, “Solo de clarineta”, que foi publicado posteriormente. 

Entre as obras de Veríssimo estão: Clarissa, Caminhos cruzados, Música ao longe, Um lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga, O resto é silêncio, O tempo e o vento (1ª parte), O continente, O tempo e o vento (2ª parte), O retrato, O tempo e o vento (3ª parte), O arquipélago, O senhor embaixador, O prisioneiro, Incidente em Antares e Novela Noite. 


Verissimo em 2018Verissimo em 2018

 

Luis Fernando Veríssimo

O gaúcho Luis Fernando Veríssimo nasceu em 1936 na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 

Filho de Érico Verissimo, Luis viveu parte da infância nos Estados Unidos junto com os pais que se mudaram para o país a trabalho.

Luis trabalhou na Editora Globo, em 1962 chegou a morar no Rio de Janeiro e em 1967 retornou a Porto Alegre.

Em 1973, publicou “O Popular” que era uma coletânea de textos que ele já havia escrito para os jornais onde tinha trabalhado.

Já em 2003, Luis Fernando Veríssimo teve o livro “Clube dos Anjos”, na versão em inglês (The Club of Angels), escolhido pela New York Public Library, como um dos 25 melhores livros do ano. 

No ano seguinte, recebeu o Prix Deus Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz, França. Também ganhou o prêmio Juca Pato e foi considerado o Intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores em 1997.

Entre as obras de Luis Fernando Veríssimo estão: O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, crônicas, O Rei do Rock, Ed Mort e Outras Histórias, Sexo na Cabeça, O Analista do Bagé, A Mesa Voadora, A Velhinha de Taubaté, A Mãe de Freud, Pai Não Entende Nada, Comédias da Vida Privada, Aquele Estranho Dia Que Nunca Chega, O Opositor, Os Espiões e Informe do Planeta Az.


Lya Luft em 2003Lya Luft em 2003

 

Lya Luft

Lya Fett Luft, ou simplesmente Lya Luft, nasceu em 1938 em Santa Cruz do Sul, e faleceu em 2021. 

Foi escritora e tradutora. Filha de descendentes alemães, Lya foi incentivada desde criança a ter o hábito da leitura. Em 1963, concluiu, na capital gaúcha, o curso de Letras Anglo-germânicas. 

Ela iniciou a carreira no mundo literário no início dos anos 1960 como tradutora de obras escritas em inglês e alemão.

Entre os anos de 1964 e 1978, escreveu três livros. Contudo, só se considerou escritora em 1980, quando já tinha mais de 40 anos, com o primeiro livro “As Parceiras” que ficou conhecido em todo o Brasil.

A obra “O Rio do Meio” (1996) deu a ela o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte por obra de ficção. Ainda no mesmo ano, foi eleita patrona da Feira do Livro de Porto Alegre. 

Em 2001, Lya recebeu o Prêmio União Latina de Melhor Tradução Técnica e Científica, pela obra “Lete: Arte e Crítica do Esquecimento”, de Harald Weinrich. Em 2013, ela foi agraciada com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo livro O Tigre na Sombra (2012).

Os livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para outros idiomas, como alemão, inglês e italiano. 

Entre as obras de Lya Luft estão: Canções de Limiar, Flauta Doce, Matéria do Cotidiano, As Parceiras, A Asa Esquerda do Anjo, Reunião de Família, O Quarto Fechado, Mulher no Palco, Exílio, O Lado Fatal, A Sentinela, O Rio do Meio, Secreta Mirada, O Ponto Cego, Histórias do Tempo, Mar de Dentro, Perdas e Ganhos, Histórias de Bruxa Boa, Pensar é Transgredir, Para não Dizer Adeus, Em outras Palavras, A Volta da Bruxa Boa, O Silêncio dos Amantes, Criança Pensa, Múltipla Escolha, A Riqueza do Mundo, O Tigre Na Sombra e O Tempo é um Rio que Corre.


Mário Quintana em 1966Mário Quintana em 1966

 

Mário Quintana

Nascido em Alegrete em 1906, Mário Quintana faleceu em 1994. O escritor e também jornalista era detentor de uma linguagem simples. Ele tentava aproximar a leitura de algo parecido com uma conversa. 

Mesmo escrevendo de modo fácil, sua obra é carregada de ironia, profundidade e perfeição técnica.

Quintana traduziu mais de 130 obras da literatura universal. Entre elas estão: “Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcel Proust, “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf e “Palavras e Sangue”, de Giovanni Papini.

Em 1940, lançou “A Rua dos Cataventos”, sua primeira obra. 

Já em 1966, publicou “Antologia Poética”, com 60 poemas organizados por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, em comemoração aos 60 anos de idade. Por isso, Mário Quintana foi saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira. 

Ainda em 1966, ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. 

Em 1976, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980, recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras.

Entre as obras de Quintana estão: A Rua dos Cataventos, Prosa e Verso e Pé de Pilão.


Martha MedeirosMartha Medeiros em 2015

 

Martha Medeiros

Esta jornalista, escritora e cronista brasileira nasceu em 1961 em Porto Alegre. Ela passou por várias agências de propaganda, nos setores de redação e criação.

Os primeiros livros de poesia foram publicados ainda na década de 1980, “Strip Tease” e “Meia Noite e um Quarto” e já na década de 1990, “Persona Non Grata” (1991).

Em 1993, deixou a carreira publicitária e foi morar no Chile por nove meses. Ganhou em 1997 o Prêmio Açorianos de Literatura com Topless.

A obra Trem Bala fez enorme sucesso e foi adaptada para uma peça teatral.

Entre as obras de Martha Medeiros estão: De Cara Lavada, Geração Bivolt, seu primeiro livro de crônicas, Santiago do Chile, crônicas e dicas de viagem, Divã, romance que originou um filme e uma série de TV, estrelado pela atriz Lília Cabral, Coisas da Vida, Selma e Sinatra, Tudo Que Eu Queria Te Dizer, Doidas e Santas, Fora de Mim, Noite em Claro, Um Lugar na Janela e A Graça da Coisa.


Moacyr Scliar 

 

Moacyr Scliar

Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre em 1937 e faleceu em 2011. Autor de “O Centauro no Jardim”, seu livro mais conhecido, a obra foi eleita pelo National Yiddish Book Center, nos Estados Unidos, como um dos 100 melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos.

Médico por formação, Scliar publicou mais de 70 livros dos mais variados gêneros como romances, ensaios, literatura infantojuvenil e contos. Já teve suas obras traduzidas para mais de 12 idiomas. Também escreveu como cronista para alguns dos principais jornais do país.

Em 31 de julho de 2003, foi eleito para a cadeira de número 31 da Academia Brasileira de Letras.

Recebeu vários prêmios literários como o Prêmio da Academia Mineira de Letras (1968), Jabuti (1988, 1993, 2000 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989), o Casa de las Américas (1989), Prêmio Mário Quintana (1999) e vários outros.

Entre as obras de Moacyr Scliar estão: A Balada do Falso Messias, História da Terra Trêmula, O Olho Enigmático, Os Deuses de Raquel, Mês de Cães Danados, Ciumento de Carteirinha, O Mistério da Casa Verde, Navio das Cores, A Massagista Japonesa, Dicionário de Um Viajante Insólito, A Condição Judaica, Enigmas da Culpa, O ciclo das águas, A estranha nação de Rafael Mendes, O exército de um homem só e O centauro no jardim.


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