Somos feitos de referências. Tudo aquilo que um escritor utiliza em sua obra vem de algum lugar, e esses lugares são nossas referências individuais.
Referência significa aquilo que temos como modelo. Desde cedo, temos alguém como referência, alguém que admiramos a conduta e nos inspiramos. A primeira referência costuma ser o pai ou a mãe. Depois, os ídolos da infância e juventude, um artista, um músico, um escritor, um revolucionário. As referências moldam nosso caráter e estilo, e a combinação de diversas referências e experiências sociais moldam a forma individual de produzir conteúdo de cada escritor.
Hoje em dia, praticamente nada do que é produzido é 100% original. No livro “Roube como um artista”, o autor Austin Kleon aplica esse pressuposto de que nada é original, e se inspirar em artistas que são suas referências é uma forma prática e vantajosa de lapidar seu estilo de escrita.
“Se gosta de um artista, copie-o, e copie as referências deste artista, descubra de quem ele gosta, quem ele copia, quem é a sua influência, e tome tudo isto para si. Seja este artista até a hora que vai sentir que não está mais copiando e sim criando sua própria versão.”
Austin Kleon, em “Roube como um artista”
Enquanto você não tem um estilo próprio bem definido, experimente em suas criações e perceba onde sua obra se destaca e também onde você se sente mais confortável.
Agora o pulo do gato: o segredo está em saber combinar diversas referências a ponto de sua obra ser original, sacou?